quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A burrice é invencível?

Ou: Pede pra sair!
Ou: No creo!


Faltando menos de três semanas para as eleições municipais, a impressão que tenho da propaganda eleitoral na televisão (nas ruas nem parece que estamos em época de eleição) é de que se trata de um inútil teatro do absurdo. A sensação é que os sorrisos, preocupações, gestos, acusações e todo o circo armado não significam nada, não têm importância nenhuma na prática. Vencer é o fim. Os meios... bem... danem-se os meios. Ser do PT, DEM, PSDB, PMDB não tem a mínima diferença. O governador deste estado, por exemplo, apoia três candidatos. Sintomático.

Pois bem. O mais incrível desses projetos rasteiros é a total falta de credibilidade. Difícil encontrar alguém (pelo menos, não conheço) que acredite nas propostas apresentadas. Câmeras na cidade para aumentar a segurança? Hospital do idoso? Metrô? Subúrbio será prioridade? Tsc, tsc. No creo. Por isso que, nos últimos dias, é comum ouvirmos expressões como "hilário eleitoral", "otário eleitoral", "zorra eleitoral"... É uma esculhambação só. Estamos brincando de democracia: eles (os candidatos) fazem de conta que estão "praticando" política e nós fingimos que somos cidadãos, preocupados com o "futuro de nossa congestionada e insegura cidade". Balela.

O fundamental, entre os incluídos, é pensar como garantir algum "trocado" ou "benefício" com a próxima administração. "É interessante ser aliado de quem nesse momento?" é a pergunta-chave. Já entre os excluídos... bem... além de servirem de "cenário" e/ou "personagens" dos programas dos candidatos a prefeito, o negócio da China para eles é ganhar alguma coisa (bloco, cimento, camisa...) logo agora, de imediato, porque depois só Deus sabe quando virá o prefeiturável novamente. A pergunta é: "Vai me dar o quê?"

O grotesco predomina, principalmente entre os candidatos a vereador. A tendência do momento é ser o mais sincero possível com o eleitor, do tipo "me ajude, que eu te ajudo". Não cola mais a imagem do bom Samaritano. É hilário, não vou mentir. Mas, por que tudo nesse país tem que ser nivelado por baixo? Esses candidatos não eram para ser exceção? Na minha cabeça, eram para ser. Mas não são. Perdi. Peço pra sair? Bem... ao final, o difícil mesmo é encontrar alguém que realmente valha a pena dar o seu voto. Eu ainda não encontrei. Alguma sugestão?

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