segunda-feira, 29 de maio de 2006

Campeão Baiano

Depois de ver os seus dois principais times rebaixados à terceira divisão do Campeonato Brasileiro, a Bahia conheceu, no domingo, o seu mais novo campeão: Colo-Colo. Pois é. O Colo-Colo... Eu estou aqui pensando (e acredito que continuarei pensando depois que publicar este texto) em uma comparação com times de outros estados para dar a dimensão do feito. Reconheço que daria ao time de Ilhéus meus parabéns, se fosse algum mérito ganhar o Campeonato Baiano nos dias de hoje. Não é. A qualidade dos times é sofrivel.

Torcida do Tigre comemora a fritura do Leão

Por outro lado, a conquista não deixa de ser uma novidade. Afinal, um time do interior ganhou a competição depois de 37 anos do lenga-lenga Bahia/Vitória. Ou seja: eu não era nem nascido quando o Fluminense de Feira de Santana sagrou-se campeão de 1969. De 70 para cá, o Bahia, bi-campeão brasileiro, tem vantagem sobre o Vicetória em número de campeonatos ganhos.

A torcida do Bahia, ou parte dela, está em festa. O time rival confirmou mais uma vez seu carma de vice. Já a torcida do Vitória, indignada e envergonhada: perdeu em casa, de virada, por 4 a 2. A página no orkut do rubro-negro virou espaço para xingamentos, acusações e o típico "eu não disse" vitoriano. Tudo isso muito cômico. Como estamos todos na lama, não sei se rir da desgraça alheia é um consolo ou ironia. Fica parecendo aquele sorriso de desdentado. Por mais sincero que seja, é feio, né?

O mais legal está sendo a grita da imprensa esportiva baiana. Parece programa humorístico, principalmente quando ficam procurando responsáveis, etc. Um reme-reme que vai durar semanas. É assim mesmo. Vem a terceirona aí. Espero que esse poço tenha fundo!

Bonus Track
* Nem bem começou a copa e falta um dedo assim ó para eu ficar de saco cheio. Eu não vou ser beneficiado com o horário de trabalho reduzido nos dias de jogo da seleção. Também não vou ter televisão no trabalho. Eu sou um pária.

* O que é a propaganda da Skol com aquela trave que anda, hein? Pentelha!!! Não viu? Está yotubado.

sexta-feira, 26 de maio de 2006

É isso aí!

É o terror, é o terror... Eu quero a luz. A partir de amanhã, faltarão dois anos para eu completar três décadas.

Tô nem aíííííííííííí!

quinta-feira, 18 de maio de 2006

É d´Oxum

Ou: Confessions on a church floor

Cansado das picuinhas, bate-boca, disse-me-disse e hipocrisia da Igreja Católica, o destemido Padre Pinto deu um ponto final nessa história e aderiu a uma nova religião: o Candomblé. Ontem, ele deu início à preparação para o ritual de iniciação e começou a raspagem da cabeça e das sobrancelhas. A notícia já está nos principais jornais de EsseEsseÁ. "A Igreja me expulsou e agora eu descobri que tenho vocação para pai-de-santo. Soube até que meu orixá é Oxum", disse. Eu já estava até com saudades do Padre, que posa aí na foto com São Jorge e, se não me engano, Yemanjá ao fundo.

Mas não é só isso. Uma bomba está para estourar! Dessa vez não só no seio como também no colo da Igreja. O padre ou pai-de-santo, sei lá, afirmou a um jornal daqui que está "enfiando a cara" na edição do seu livro "Confissões" (Eu sugiro o título: Confessions on a church floor), que pretende lançar até o final do ano. Ele disse que iria publicar "bombas" sobre casos de homossexualidade envolvendo religiosos, inclusive um "escândalo" ocorrido na Ilha de Itaparica. Jesusssssssss, muito medo!!!!!

Bem, bem... para quem ainda não sabe, o estiloso padre, que tem mais novidades e projetos que Madonna, também vai lançar uma grife. O nome da marca: PêPê. A revelação foi feita em um ensaio fotográfico para a revista do jornal O Globo. Bem, pelas fotos, vemos que o padre não leva apenas jeito para se fantasiar e requebrar como Oxum ou um índio guerreiro, mas também para modelo. Estou certo?

Padre Pinto: Com boné, cigarro e bracelete à la Wonder Woman


O blog deseja ao padre Pinto todo axé, toda força que brota da terra e, também, muito discernimento para essa sua nova etapa. Esperamos ansiosamente novidades e revelações. Só não nos decepcione: Conte a porra toda!!!!

terça-feira, 16 de maio de 2006

E aí, o Brasil vai ser hexacampeão?

Não faz muito tempo - na verdade dois posts anteriores - escrevi aqui o que considerei como sendo uma espécie de teatro do absurdo a ação do Exército no Rrrrrio. O tema era, claro, segurança. Depois de assistir de camarote a guerra que se instalou em EssePê nesses útlimos dias (Já acabou?), fica a pergunta: que país é esse? Sei, sei, a pergunta não é nova. Mas é sério, tô falando S-É-R-I-O! A segurança volta à tona!


Caros conterrâneos e afins: como pimenta no cu dos outros é refresco, olhar EssePê nesse momento com o alívio presunçoso de que isso só acontece por lá é um erro. Um erro lamentável. Os paulistas viveram o que nós, soteropolitanos, já experimentamos em menores proporções. E os cariocas também. Ah, e quer saber? Esse negócio de ficar em casa "preso", com medo e impedido de sair para trabalhar ou fazer qualquer coisa na rua já virou natural, rotina no país. Alguém tem coragem de ir para esses interiores onde quem tem arma, manda? O que é Altamira, no Pará, hein, minha gente? Enfim... Cada um com suas peculiaridades.

O episódio em EssePê me fez recordar o que passamos aqui em EsseEsseÁ. Foi em julho de 2001 quando policiais entraram em greve. Na época, a terceira maior do País retrocedeu ao estado de natureza, à "guerra de todos contra todos". Em 13 dias de greve, diversos estabelecimentos foram saqueados, incendiados ou invadidos. Ônibus deixaram de circular e até os bancos foram proibidos de abrir. À noite, os locais históricos ficaram às moscas. Quem pôde, fugiu da cidade às pressas. Foi um drama, um inferno. Pela primeira vez na minha vida senti o que é o horror da barbárie, da impotência diante de homens armados e encapuzados. (olhar nostálgico!!!)


A greve baiana foi só uma parte de um grande movimento nacional por melhores salários na polícia, que começou com a paralisação no Tocantins, atingiu em seguida o Pernambuco e afetou ainda Alagoas, Pará, Piauí, Paraná, Distrito Federal e São Paulo. Na época, o governo anunciou, por meio do ministro da Justiça, José Gregori, um "pacote federal" que visava unificar polícias Civil e Militar. Como todos sabemos, nada foi feito.

Aliás, nada é feito. Isso é um fato. Também me lembro que a Secretaria de Segurança daqui armou um circo em função de um tal Plano Nacional de Segurança. De uma hora para outra, milhares de policiais sitiaram Brotas, um bairro central de EsseEsseÉ, e começaram a inspecionar o lugar: às 5 horas da tarde! Foi outro inferno: fiquei num engarrafamento até 11 horas da noite! Alguém mais lembra disso? Conterrâneos, vocês se lembram dessa palhaçada?


Pois bem: ainda traumatizado com as cenas de EssePê e do tom dramático do Jornal Nacional de segunda-feira, confesso que morri de medo ao ver o governador de EssePê, Cláudio Lembo, ao vivo. Quem é esse homem? Apesar de William Bonner estar pagando de gatinho em frente ao viaduto Roberto Marinho em SP, não consegui me concentrar no argumento do político em recusar ajuda do governo federal. Ele é mórbido. Tão mórbido quanto o PCC. A sombrancelha dele é que está em revolta. Veja aqui.

Agora todo mundo tá aí, nervosinho, cheio de teoriasinhas, planinhos, sabendo que daqui a alguns dias vamos estar envolvidos em um problema bem mais grave: a Copa do Mundo. O Brasil será ou não hexacampeão? Aqui no trabalho vai ter ou não TV? Se os presos exigiram 60 televisores, por que eu não posso também? Que país é esse!!!!